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Guia rápido API conceitos que você precisa saber

Saiba o que são e como funcionam as APIs e entenda como utilizá-las de forma inteligente e segura nas integrações de sua empresa

Automação, conectividade, integração, agilidade: os benefícios gerados pela transformação digital podem ser sentidos em praticamente todos os mercados e todos os departamentos das organizações. Seja para pagamentos e gestão financeira, campanhas de marketing ou colaboração remota entre times, a quantidade de soluções que envolvem tecnologia vêm remodelando a forma das empresas realizarem suas atividades.

No entanto, a profusão de ferramentas utilizadas para diversas finalidades nas empresas, embora eficientes em suas funcionalidades, muitas vezes não são planejadas para se integrarem com outras. Em muitos casos, isso significa ter que administrar dados, informações, alertas e operações separadamente, o que pode levar à duplicidade de operações, erros em atualizações e desencontro de informações.

Para evitar problemas como esses, muitas organizações buscam meios de integrar seus sistemas, unificando processos e evitando a redundância de atividades que consomem tempo e abrem espaço para erros.

E as APIs são as soluções mais usadas para isso. A sigla significa interface de programação de aplicações e indica um recurso que facilita a troca de dados entre sistemas de forma organizada e padronizada.

Com a crescente quantidade de ferramentas digitais em uso, a adesão a novas arquiteturas de aplicações como microsserviços e adoção de práticas DevOps, o uso de APIs vêm crescendo ano a ano.

Aqui você encontra uma visão geral sobre esse conceito. Vamos partir do conceito para analisar casos de uso, desafios de segurança e tudo o que você precisa saber sobre o tema.

O que é uma API?

API é um recurso que permite que uma solução ou serviço se comunique ou utilize dados de outros por meio de uma interface documentada. Isso significa que quem usa a API de um sistema não precisa saber como ele foi implementado.

Por meio de um conjunto de rotinas e padrões de comunicação, aplicações podem acessar de forma controlada e organizada dados de outras em tempo real.

Uma vez compreendido o conceito, vamos entender um pouco mais sobre como as APIs funcionam.

HTTP: camada de transporte

A primeira camada é bastante utilizada em outros cenários, como na internet, por meio do protocolo HTTP. No caso das APIs, esse protocolo permite a consulta dos dados na plataforma acessada, estabelecendo o passo inicial para a transferência de dados de uma aplicação para outra.

Existem diversos processos que podem ocorrer nesta fase para que haja a comunicação ideal entre todas as partes envolvidas, com destaque para cinco deles:

• Get: esta função está relacionada à recuperação de uma informação para sua API. Ela não permite a troca de mensagens entre partes, sendo utilizada especificamente para o pedido e resposta de queries entre os sistemas em comunicação. É muito importante porque é o comando que estabelece o fluxo de pedidos e resposta de informações entre APIs.

• Post: este comando permite a troca, alteração e envio de mensagens, com possibilidade de criação de novos registros e, portanto, de novos dados. Tudo é feito dentro dos parâmetros da API, para evitar conflito de formatação de dados.

• Put: comando que é utilizado para atualização de registros no servidor, com a diferença de que este comando é utilizado para uma atualização mais profunda e completa. É usado para substituição completa de registros, no caso de atualização de dados.

• Patch: outro comando para atualização de registros, porém, diferentemente do put, este é utilizado em casos com necessidade de mudanças sem substituição completa do registro, alterando ou adicionando campos sem apagar o registro como um todo.

• Delete: este comando é utilizado para eliminar registros completamente, sem atualização ou substituição. Aplicado em casos de dados redundantes, errados, desnecessários ou qualquer outro caso em que o desenvolvedor julgue conveniente sua eliminação.

Especificações de protocolo

Passada a camada de transporte e requisição de dados, é necessário olhar para os protocolos de operação das APIs, a forma como as informações são requisitadas para que sejam enviadas pela camada de transporte. Veja alguns dos mais populares protocolos:

graphQL:

este protocolo é baseado no conceito de grafos, essencialmente um mapeamento visual de informações por meio de linhas interconectadas e bifurcadas por nós. Criada originalmente pelo Facebook, este formato é útil para fazer queries de pacotes de dados com uma série de subcategorias atreladas a ele (no caso do Facebook, era útil para enxergar as interações em cada post, como views, curtidas, compartilhamentos, comentários, etc.) e é utilizado em caso de redes de dados com muitas ramificações e interconexões.

gRPC:

este método é utilizado em arquiteturas RPC (Remote Procedure Call) e foi desenvolvido pelo Google. É especialmente utilizado para permitir a comunicação entre essa arquitetura e APIs baseadas em HTTP, dado que ambos são conceitos mutuamente exclusivos. Assim, o gRPC surge como uma opção para viabilizar a integração entre estas entidades.

Soap:

a sigla para Simple Object Access Protocol indica um protocolo de acesso orientado a objetos que traz regras próprias e relativamente rígidas, como mensageria em XML e práticas definidas de segurança incorporadas às transações. É mais seguro, mas sacrifica flexibilidade e agilidade para isso.

REST: o modelo mais popular atualmente

o Representational State Transfer é um conjunto de restrições de arquitetura voltadas para criação de web services. As APIs REST (ou RESTful) estão no padrão para operar dentro dessa arquitetura, mais ágil e fácil de usar em comparação com as arquiteturas de protocolo prescrito, como a SOAP. Para ser considerada RESTful, a API precisa se enquadrar em uma série de requisitos, como ser baseada em HTTP, ter comunicação stateless, armazenar dados em cache, entre outros.

Soap:

Agilidade, leveza, escalabilidade: estas características colocam a REST à frente das demais no atual momento. O crescimento da mobilidade e aplicações IoT pedem justamente a velocidade que as APIs RESTful podem proporcionar, fazendo dela uma escolha ideal para quem atua neste cenário e outros em que desempenho é um fator decisivo.

Padrões na troca de dados: JSON vs. XML

Esse é ao cerne da operação das APIs: os padrões para a troca de dados, a forma como, efetivamente, os sistemas se comunicam. Há dois formatos principais em ampla utilização:

Apesar de ser baseado em Javascript, esse formato é amplamente utilizado por permitir a leitura de dados tanto por máquinas quanto por pessoas, sendo bastante flexível e independente de outras linguagens. É bastante utilizado em APIs REST.

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Apesar de ser baseado em Javascript, esse formato é amplamente utilizado por permitir a leitura de dados tanto por máquinas quanto por pessoas, sendo bastante flexível e independente de outras linguagens. É bastante utilizado em APIs REST.

Tipos de APIs

Embora cumpram o mesmo tipo de função, existem diversos tipos de APIs, que podem ser utilizadas para as mais diversas finalidades em integração de serviços e aplicações. Vamos analisar os quatro principais tipos que são rotineiramente utilizados em todo o mundo:

Pronto para utilizar APIs em sua empresa?

Pronto para utilizar APIs em sua empresa?

As APIs são amplamente utilizadas para integrar serviços altamente populares no dia a dia.

Um exemplo muito comum é a integração de mapas como o Google Maps a sites e apps, para que o usuário possa consultar um endereço sem ter que sair do ambiente onde está.

Outro exemplo de geolocalização usando APIs está no GPS de carros que incluem pontos de interesse até com notas e avaliações de usuários de sites como Trip Advisor e o próprio Google, facilitando a vida do condutor e mantendo as informações relevantes para o motorista sempre atualizadas.

Os benefícios trazidos pelas APIs vão muito além do mercado consumidor, sendo muito úteis para fazer integrações de microsserviços em aplicações corporativas, como ERPs e outros sistemas de gestão de recursos e operações. Por meio delas, dados financeiros e outros (como estoque, recursos, pessoas e mais) podem ser compartilhados entre ferramentas, trazendo um panorama claro, atualizado e abrangente de informações relevantes para os profissionais.

Leia também: Integração via API: quais os benefícios e como são feitas?

Segurança em APIs

O grande crescimento do uso de APIs, em um cenário de crescentes ameaças digitais, faz desses recursos um alvo cada vez mais visado por agentes maliciosos. 

Boa parte dos ataques a sistemas por meio desta tecnologia se dá através de explorações de vulnerabilidades, especialmente quando se tratam de APIs públicas; segundo o Gartner, em 2021, 90% das aplicações web tinham mais área de superfície de ataque em APIs expostas do que na interface do usuário (UI)

Outro dado está relacionado a inibição de inovação nos negócios. Segundo API Security Trends64% dos entrevistados admitiram que atrasaram o lançamento de aplicativos devido a preocupações com a segurança da API. Sendo que as organizações contam com APIs para uma ampla gama de iniciativas críticas de negócios, essa descoberta por si só deve tornar a segurança da API uma prioridade.

Para ajudar a mitigar este tipo de risco, as empresas devem se organizar para implantar práticas e recursos que ajudem a manter suas estruturas seguras. Confira algumas sugestões que podem fazer a diferença:  Utilização dos recursos de segurança em TLS, SSL e HTTPS na camada de transporte, para criptografar os dados no processo de transferência.  Adoção de tokens de identificação entre as partes, de modo a validar as comunicações e garantir que todas as entidades envolvidas sejam legítimas.  Para APIs SOAP, adotar as assinaturas de segurança no XML e os tokens SAML para autenticar e autorizar as comunicações, efetivamente bloqueando o acesso de invasores.  Implantar OAuth e OIDC para fortalecer a identificação dos usuários que tentam acessar os sistemas e, com isso, bloquear agentes não autorizados.  Utilização de gateways de APIs para monitorar e validar o tráfego de informações de acordo com os padrões definidos pelo time de SI.

Pronto para utilizar APIs em sua empresa?

Como é de se esperar, esse tipo de tecnologia pode ser implantado de várias maneiras, seja de forma direta no sistema ou por meio de plataformas de integração. Confira três das maneiras mais comuns de se trazer as APIs para dentro do ecossistema da empresa: • Enterprise Service Bus (ESB): surgida por volta de 2007, esta opção é voltada para arquiteturas SOA, as quais são orientadas a serviços e foram desenvolvidas com ambientes on-premise em mente. Ele traz uma camada de abstração para a troca de mensagens, integrando diversas entidades no ambiente sem a necessidade de código específico para isso. Para ambientes cloud, porém, o ESB tende a não ser tão compatível, o que leva empresas cloud-first a buscar outras opções de implantação. • Extract Transform Loader (ETL): este recurso é uma forma de coletar dados de uma fonte, transformá-los de acordo com as regras de negócio do sistema e enviá-los ao destino correspondente. Ideal para migração de dados e uso em analytics, ele funciona bem em ambientes híbridos e cloud. • iPaaS: opção que vem ganhando a adesão em virtude de sua flexibilidade, as chamadas plataformas de integração (ou integration platform as a service) conseguem desempenhar diversas funções além da integração, como automação de processos, remessa de dados e mesmo análise e data embedding. Confira: iPaaS: o que é e como funciona?

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As APIs são recursos indispensáveis para trazer dinamismo a um cenário cada vez mais digital e veloz. Ela é o meio de integração que pode gerar mais desempenho e resultados para seu negócio.

APIPASS faz parte desse ecossistema de soluções, com o iPaaS (Integration Platform as a Service) ou Plataforma de Integração como Serviço. Temos conquistado o mercado devido à facilidade para integrar sistemas, gerenciar fluxos de integração, orquestrar dados e automatizar processos, tanto na nuvem como on-premise.

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