A velocidade com que as empresas estão adotando e trocando aplicações as a service está criando um desafio de integração, sobretudo para as que têm apenas sistemas de integração on-premise, como o ESB, que apesar de comumente adotado não é desenhado – pelo menos originalmente – para lidar com integrações na cloud.
Em resposta, as empresas estão chegando a soluções como o iPaaS, que complementaria os gaps que o ESB não cobre.
Por que iPaaS? Quais as diferenças entre ESB e iPaaS? Esses são os temas deste artigo.
O que o ESB surgiu para resolver?
O ESB surge no contexto dos grandes sistemas enterprise, como ERPs e CRMs, em resposta aos desafios das aplicações conectadas ponto a ponto, isto é, conectadas individualmente a outra aplicação, modelo que, além de trabalhoso, tende a gerar uma arquitetura spaghetti.
O ESB é o centro de uma rede na qual as aplicações não são conectadas diretamente às outras, mas interagem por meio de uma arquitetura centralizada, um ônibus central. Ele serve de ponto de entrada para cada aplicação e permite o envio e o recebimento de dados de qualquer outra aplicação conectada.
Há muitas vantagens nesse modelo. Primeiro porque ele minimiza as dependências. Isso permite um bom nível de flexibilidade e adaptabilidade. Se uma aplicação vai, as que se mantêm operacionais continuam integradas. Além disso, aplicações podem ser adicionadas ao sistema, sem comprometer integrações entre as aplicações existentes.
O que o iPaaS surgiu para resolver?
O iPaaS surge em resposta aos desafios postos pela cloud e, especificamente, pelo SaaS, que exigiam das organizações escalabilidade na integração e comunicações síncronas entre as aplicações.
O iPaaS é um conjunto de ferramentas low-code, baseadas em cloud, que permite a rápida conexão a endpoints de sistemas, para a troca de informações em tempo (quase) real.
Também há vantagens como menor dependência, flexibilidade e adaptabilidade. Além disso, a principal vantagem é a escalabilidade: os componentes low-code alçam a resolutividade em integração a um alto nível.
ESB vs. iPaaS: meios diferentes para o mesmo fim
À primeira vista, ESB e iPaaS parecem a mesma coisa. E são de fato. Ambos servem para integrar sistemas e aplicações. Mas quando você olha por baixo da superfície, eles são diferentes.
As diferenças dizem respeito ao meio, tipo de sistema que cada um melhor integra, nível de complexidade da integração e escalabilidade. Vejamos cada um desses pontos.
Sistemas que cada método melhor integra
O iPaaS é um conjunto de ferramentas de integração fornecido em uma cloud e desenhado para lidar com standards de mensageria e documentos leves como REST e JSON usados para as trocas de dados entre aplicações modernas.
Já o ESB é um modelo de arquitetura de software tipicamente on-premise. Tradicionalmente, ESBs usam tecnologias de middleware mais complexas como MOM – message-oriented middleware, com o uso de protocolos assíncronos de comunicação. Seus standards de comunicação, portanto, funcionam bem para sistemas on-premise e altamente agregados.
Há alguma convergência entre ambas as ferramentas, com alguns fornecedores iPaaS evoluindo para integrar sistemas on-premise e com fornecedores ESB introduzindo features para facilitar a integração de aplicações cloud, nos chamados ESBs leves ou cloud ESBs.
Complexidade das integrações
ESB é desenhado para integrar arquiteturas e sistemas complexos. Ele mantém unidos os sistemas on-premise e legados.
Já o iPaaS oferece uma solução de integração mais adequada a aplicações flexíveis e em tempo real.
Ainda assim, tanto iPaaS e ESB podem integrar soluções SaaS com sistemas legados e on-premise.
Escalabilidade
Enquanto o ESB escala melhor verticalmente, isto é, nos sistemas e arquitetura internos, o iPaaS escala melhor horizontalmente – nas integrações com parceiros e soluções SaaS.
Por exemplo, nas integrações de IoT. IoT requere escalabilidade horizontal devido ao volume de dispositivos conectados e exigências como baixa latência e comunicação em tempo real. Esses fatores tornam os ESBs pouco recomendados para essas integrações.
Potenciais usuários
As aquisições de aplicações, e suas integrações, sempre ficaram nas mãos da TI. Isso mudou. A iniciativa tem partido dos próprios setores, que adquirem, implementam e utilizam seus próprios softwares. Especialmente agora, com soluções SaaS. Consequentemente, o processo das integrações necessárias precisou se tornar mais flexível, leve e imediato.
ESB, para esses projetos de integração, pode se tornar lento e complexo, ao exigir a expertise da TI.
Os iPaaS nascem nesse universo, reunindo recursos para simplificar, flexibilizar e acelerar o processo de integração ao máximo, livrando as áreas de negócio, por assim dizer, da complexidade do ESB e da dependência da TI.
ESB vs. iPaaS: uma contraposição legítima?
Diferenças postas, a pergunta é: qual optar? Em muitos casos, será pelos dois, já que em muitos casos um complementará o outro, por assim dizer.
Os ESBs, além de já serem comumente usados e, consequentemente, conhecidos, vão continuar operando nas integrações complexas, de sistemas grandes e legados. Já os iPaaS serão preferidos em integrações novas com SaaS, cloud e IoT.
Não por acaso, de acordo com o Gartner, até 2024, as organizações terão ao menos duas soluções de integração em uso.
O melhor dos dois mundos
Há soluções iPaaS que buscam o melhor dos dois mundos. Os eiPaaS como o da APIPASS são uma delas.
Como ESBs, lidamos com integrações complexas entre sistemas on-premise e entre eles e aplicações cloud, as chamadas integrações híbridas. Inclusive, podemos implementar o core do iPaaS APIPASS em seu data center. Do contrário, a aplicação pode estar na sua cloud ou na nossa, em single-tenancy.
Ao mesmo tempo, a robustez não impede que o iPaaS APIPASS tenha todas as características do seu segmento. Conectores prontos e construção visual de fluxos são componentes low-code que garantem a facilidade que as equipes precisam para integrar rápido e mais.
Conheça a solução APIPASS falando com um dos consultores pelo Whats ou preenchendo o formulário abaixo.