Se o conceito de integração é simples, lidar com o escopo sempre maior de necessidades de integração não tem sido simples na mesma medida. Os processos estão evoluindo de tal forma que integração envolve eventos, sistemas, dados, dispositivos e pessoas, tanto dentro de uma mesma organização quanto de um ecossistema de parceiros. Porém, de acordo com artigo do Gartner, todos os desafios de integração podem ser decompostos em uma combinação de três padrões de integração.
Segundo a consultoria, cada padrão de integração leva a necessidades de funcionalidades de integração específicas, e que frequentemente não são relevantes para outro padrão.
Que padrões básicos de integração são esses? E uma vez identificados, como escolher uma ferramenta que atenda as especificidades? O que o Gartner recomenda, nesse caso? É o que veremos neste artigo.
Os 3 padrões de integração
Toda integração é um objetivo realizável, segundo a análise do Gartner. A consultoria dá uma razão para isso:
Mesmo a mais complexa tarefa de integração pode ser sempre reduzida a uma combinação de um dos três padrões de integração básicos: consistência de dados (data consistency), processos multietapas (multistep process) e serviços compostos (composite services).
— Benoit Lheureux e Keith Guttridge
Que padrões são esses?
1. Data consistency
Esse padrão de integração tem a ver com a integração de dados. Para ser executado, requer funcionalidades como regras de provisionamento e sincronização de dados flexíveis, capacidade de transformações de dados complexas e de transferência de volumes altos de dados, assim como suporte para governança de dados.
2. Multistep process
Processos com múltiplas etapas têm a ver com a automatização da colaboração entre sistemas em processos. Essas integrações requerem uma ferramenta de integração com funcionalidades como modelagem visual de processos, boa experiência do usuário, adaptabilidade para integrações com aplicações on-premise, mobile, SaaS, IoT etc. e tempo de execução de processos escalável para orquestrar tarefas.
3. Composite services
Envolve novas aplicações que consomem APIs ou dados de outras aplicações, numa arquitetura composable. As ferramentas de integração ideais para esse cenário têm funcionalidades como serviços de composição de alto nível, APIs gateways configuráveis etc.
Há uma ferramenta de integração para endereçar todos os padrões de integração?
Conhecidos os padrões, a pergunta imedita é: como lidar com cada um deles, considerando suas especificidades.
Como as ferramentas de integração evoluíram de um escopo limitado de casos de uso para várias aplicações, elas podem ser adaptadas a todos esses padrões, ainda que eles enfatizem diferentes necessidades funcionais.
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No entanto, como vimos, os padrões englobam funcionalidades de integração específicas e únicas. A consultoria elenca 10 categorias de ferramentas bem conhecidas, cada uma com suas especificidades, amplamente usadas para endereçar esses três padrões, entre as quais:
- Application integration suites (ESB);
- B2B gateways softwares (BGS);
- Ferramentas de data integration;
- Ferramentas de API management;
- Integration platform as a servisse (iPaaS);
- Intelligent business process management (iBPMS);
- Managed file transfer (MFT);
- Master data management (MDM);
- Message oriented middleware (MOM); e
- Robotic process automation (RPA).
O alto número de opções leva a um efeito de complexidade e confusão na escolha da tecnologia certa de integração para a empresa.
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A consequência se reflete no número de ferramentas em uso. Mesmo que as empresas prefiram ter apenas uma ferramenta de integração para atender todas as suas necessidades, a consultoria prevê que 75% das médias e grandes empresas tenham ao menos duas soluções diferentes de integração, até 2024.
Como as ferramentas atendem os diferentes padrões de integração
O Gartner avalia a aderência de cada uma das ferramentas de integração aos padrões, por meio de um score de 1 a 5, em que 5 é o máximo grau de aderência ao padrão. Vamos falar das mais relevantes.
De acordo com a avaliação da consultoria, o iPaaS e o ESB, por exemplo, são as ferramentas mais versáteis. Ambas tiram nota 4 para todos os padrões.
Quanto às demais, elas tendem a ter força em um dos padrões, e não nos outros. Exemplo disso são as ferramentas de integração de dados, que têm muita força (nota 5) em data consistency, mas são fracas em processos com múltiplas etapas e serviços compostos (notas 3 e 2, respectivamente). Soluções MDM e BGS estão no mesmo caso.
API management, por sua vez, é fundamental em serviços compostos, mas em consistência de dados e em processos com múltiplas etapas ela tem scores baixos.
Evidentemente iBPMS tem score alto para processos, enquanto para dados e serviços compostos têm score médio (3).
Na prática, é possível que soluções altamente recomendadas para um padrão não sejam simplesmente intercambiáveis. Por exemplo, nem sempre um MDM vai substituir uma ferramenta de data integration.
Como escolher uma ferramenta de integração adequada aos padrões de integração
A consultoria recomenda que a organização siga as seguintes ações ao decidir por uma ferramenta:
- Identificar quais dos três padrões são mais essenciais em suas necessidades de integração.
- Considerar quais ferramentas já têm e se elas podem continuar a ser usadas para atender os padrões identificados. Se a organização já tem uma ferramenta que encontra algumas das necessidades, pode ser necessário adicionar uma nova ferramenta para cobrir os gaps.
- Identificar o que precisa ser endereçado e identificar as ferramentas que mais se adequam àquele padrão.
- Seguir o processo para avaliar fornecedores.
Alie suas ferramentas de integração a seus padrões de integração
Segundo o Gartner, todos os casos de integrações se reduzem a três padrões básicos com demandas únicas. Há várias ferramentas no mercado com funcionalidades mais ou menos fortes para atender cada padrão.
O iPaaS está entre elas, e figura como uma das ferramentas mais versáteis, atendendo tanto funcionalidade endereçadas por ESBs, ferramentas de integração de dados e processos.
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