A integração é capaz de aumentar a produtividade de uma organização, ao eliminar trabalhos manuais ou dispersão de informações. Porém, não são alguns fluxos que garantem essa agilidade toda. É preciso saber de maneira abrangente, pensando em processos, como fazer os sistemas trabalhem juntos para maximizar o sucesso. Para chegar a esse nível de projeto de integração, há muitos pontos a serem considerados.
Um projeto de integração, por isso, pode ter desafios únicos em relação a outros projetos de software. Embora em alguns aspectos eles compartilhem atributos, há diferenças significantes. Ainda assim, é bem comum que pessoas que nunca trabalharam em um projeto de integração cumpram um papel fundamental nesses projetos.
Então, que perguntas você deve se fazer a fim de levantar oportunidades para projetos de integração?
Nós vamos ajudá-lo nisso. Veremos um passo a passo que vai desde o mapeamento do processo as-is até a criação de um projeto de integração.
1. Quem vai atuar no projeto de integração?
Nesta pergunta, você vai responder quem será a equipe para executar as etapas seguintes do projeto.
Há alguns perfis comuns em squads de integração. Vamos a eles:
- Analista de integração: responsável pela tradução da linguagem de negócio em linguagem de projeto, ou seja, pelas especificações técnicas para construir a integração.
- Engenheiro: responsável pelo desenvolvimento em si da integração.
- Project manager: é quem mantém o projeto em andamento, eliminando todas as barreiras ao sucesso da equipe.
- Stakeholder: parte interessada e quem se beneficiará do projeto de integração, em muitos casos quem também requisita a integração.
- Analista de QA: responsável por garantir que o construído se alinha com o pedido e que funciona no nível de qualidade exigido.
2. Quais os sistemas que os setores envolvidos usam?
Essa parece ser a pergunta mais simples de responder em um projeto de integração de sistemas. No entanto, a realidade é que uma grande empresa pode usar dezenas ou até centenas de diferentes softwares, mobile apps, plataformas SaaS e outras tecnologias em suas operações diárias. E muitas deles a TI sequer tem ideia de que são usadas.
3. Como os vários softwares interagem dentro de um setor e entre os setores?
Com o uso de vários softwares, é extremamente comum a existência de informações redundantes e, mais ainda, que nem todas as funcionalidades de um software sejam usadas.
É preciso investigar como os softwares interagem entre si a fim de identificar oportunidades de combinar softwares. Para fazer isso, responda perguntas como:
- Que plataformas já estão integradas?
- Que dados já são compartilhados entre essas plataformas integradas?
- Que dados são imputados ou transferidos manualmente entre sistemas?
- Como os usuários interagem com os dados?
É importante mapear os fluxos de dados e como eles são consumidos.
4. Quais os processos envolvidos?
Conhecer o fluxo de valor as-is, se possível identificando métricas como lead time e cycle time, vão garantir total visibilidade sobre um processo e, portanto, que você não integre um sistema com algo que ninguém utiliza ou que automatize um processo ruim.
A integração de processos pode e deve ser vista como uma oportunidade de melhorar processos de maneira abrangente.
5. Quais as oportunidades de integração?
Uma vez que você sabe como os sistemas já se comunicam e quais os fluxos de dados dentro dos processos, de acordo com o uso que os setores fazer deles, você terá condições de analisar o que ainda pode ser conectado, aglutinado, modernizado ou substituído.
Ao longo desse processo, é legal que as áreas de negócio envolvidas trabalhem perto da TI, que pode somar sua expertise em integração para trazer insights.
6. Por que fazer as integrações mapeadas?
Além de responder o que integrar, você precisa responder por que integrar. Essas perguntas são as mais fundamentais a um projeto de integração. É um entendimento sobre a solução em um nível lógico.
Sabendo por que precisa de uma integração, você conseguirá priorizar as demandas, colocando por ordem de ROI ao longo do tempo, de esforço e de investimento.
7. Quais os fluxos de dados?
Nesta pergunta, você vai responder que dados precisam ir em que direção e quando. Isso ajudará a definir triggers, por exemplo, e filtros.
Responda também com que frequência os dados precisam ser movidos e como serão traduzidos para o sistema de destino.
Em que cenários o dado será considerado falho? Há alguma preocupação com a qualidade da informação que será transferida?
Qual o volume de dados que você esperar trafegar? Construir uma integração para 10 registros por dia é bem diferente do que para 10 milhões.
8. A integração é tecnicamente viável?
Essa parte ficará com a TI, mais precisamente puxada por um project manager ou arquiteto de soluções. Basicamente você vai responder se pode integrar e como fará isso.
Onde os endpoints estão: na cloud, on-premise ou em ambos? A integração identificada é factível e o que precisa fazer para viabilizá-la? A equipe tem conhecimento suficiente dos sistemas que está integrando? Que recursos serão necessários? Credenciais estão todas em mãos?
Nessa fase, também é o momento de avaliar como a solução afetará os colaboradores, processos e sistemas, assim como o custo da integração e impactos em termos de produtividade.
9. Como será a construção
Aqui, você dispõe de tudo para iniciar a construção da integração, tal como especificada nas fases anteriores.
Para integrar sistemas, dados ou dispositivos, diferentes tecnologias estão à disposição da equipe, entre iPaaS e ferramentas de ETL, frameworks de integração e código customizado.
Leia também: Sistemas integrados com iPaaS: 6 passos para o sucesso
10. Quais serão os testes?
Assim que for construída, a integração precisa ser testada. Como há inúmeros detalhes em integrações, é comum que algo possa dar errado, e tudo bem! Testes de QA vão garantir que erros não entrem em produção e não afetem os seus dados.
11. Como será a implementação e go-live?
Após a aprovação final, a integração vai para produção para ser usada no mundo real. É recomendável rodar uma versão mais leve dos testes de qualidade no ambiente de produção, apenas para ter certeza de que o entregável final funciona como o esperado.
Projeto de integração: nem sempre um caminho reto
Um projeto de integração nem sempre é uma linha reta. Você precisa conhecer o que já tem em funcionamento, identificar oportunidades, para então desenhar fluxos, analisar a viabilidade técnica e iniciar o projeto.
Por outro lado, nem toda integração é assim. Muitas são muito comuns ou óbvias, e não requerem uma análise muito aprofundada.
Ainda assim, para maximizar o valor que integrações podem trazer em termos de automação e de visibilidade sobre dados dispersos em silos, o trabalho tem que ser contínuo.
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