Baixa latência, conexão veloz e confiável para muito mais dispositivos: é por esses atributos que conhecemos o 5G. Não é exagero dizer que essa tecnologia instaura uma nova era de conectividade. E ela está na base de vários novos serviços para consumidores e empresas, baseados em jogos, realidade virtual e aumentada, analytics, IoT e automação. O que vale para múltiplas verticais, como varejo, saúde e indústria.
Com isso, operadores estão tendo a oportunidade de repensar o propósito de suas redes. A rede 5G não é apenas uma infraestrutura robusta de conectividade (como se isso fosse pouco), mas uma plataforma programável para criar novas aplicações baseadas na colaboração. Com isso, chegamos mais próximos ao conceito de integração via API.
O que o 5G tem a ver com APIs? Muita coisa. É que para essa colaboração acontecer, será necessária uma abertura extrema, isto é, o acesso a serviços e funcionalidades de rede expostas. Esse acesso é proporcionado por um conjunto de APIs tanto a aplicações internas quanto externas.
Isso significa que qualquer software cloud de uma telecom com uma API poder ser integrado a uma rede. E nesse caso, uma plataforma baseada em API pode ajudar as organizações a viabilizar um ecossistema de parceiros para construir aplicações baseadas em 5G.
Neste artigo, você vê por que as APIs de rede aberta são importantes para desenvolvedores e como as APIs estão ajudando a criar um ecossistema 5G.
A diferença entre 5G e 4G em termos de ecossistema de APIs
A função de exposição de rede do 5G é idêntica à função de exposição de funcionalidades do serviço do 4G. Mas, com o 5G há uma profunda mudança de paradigma. As operadoras estão montando suas redes como uma plataforma, passível de ser aberta a desenvolvedores de aplicações.
No 4G isso foi buscado, mas sem muito sucesso, justamente em virtude da natureza proprietária dessas implementações.
No 5G isso é diferente porque a tecnologia traz uma série de novas funcionalidades para os desenvolvedores, como velocidade, melhor experiência mobile, latência. E eles vão querer explorá-las. Mas não apenas isso: eles terão que confiar nessas funcionalidades da rede dos operadores para implementar suas iniciativas.
Outro ponto em que o 5G difere do 4G é que, nele, as APIs expostas são fundamentais da tecnologia. São parte do design.
Por que as APIs de rede abertas são importantes para desenvolvedores?
Muitas aplicações estão na rede. Por exemplo, Teams ou Zoom são ferramentas-chave para a colaboração, especialmente em ambientes remotos. Elas rodam no topo dos serviços oferecidos pelos provedores de comunicação. Mas não há integração na rede para entender eventos no serviço porque a indústria telecom tem uma organização ainda muito fechada.
Além disso, inúmeras empresas que têm plataformas de exposição de rede nos limites do 3G e do 4G, mesmo que queiram explorar casos de uso de 5G, não construíram a expertise em telecom ou redes. A falta de abertura na documentação e exposição de interface cria atrasos.
Por isso, novas funcionalidades fechadas só atraem parte do potencial de stakeholders que elas poderiam atrair.
O uso de APIs abertas amplia o número de empresas e de desenvolvedores que podem aproveitar os ativos da rede de CSPs sem precisar que sejam experientes nela. Eles poderão usar as APIs para criar serviços de redes próprios sob demanda.
Como as APIs estão ajudando a estimular o ecossistema 5G?
- Interoperabilidade de componentes plug-and-play
- Exposição de funcionalidades a parceiros
- Superação do gap entre operadores mobile e desenvolvedores
- SDKs fáceis de usar
- Sem impactos da complexidade da rede subjacente
- Monetização de rede
- Melhor experiência para os usuários finais.
A relação do 5G e as APIs: trabalhando em conjunto no desenvolvimento de aplicações
Falamos de uma sociedade altamente conectada, das possibilidades trazidas pelas novas tecnologias. Pensamos em cidades inteligente, imaginamos dispositivos integrados.
No entanto, para que esse horizonte se faça presente, precisamos contar com dois pontos fundamentais: um deles é uma infraestrutura que possa suportar a evolução de aplicativos e dispositivos (aqui entra o 5G). O outro ponto essencial: como vamos interconectar tudo isto em tempo real?
A previsão é de que existam 100 bilhões de dispositivos conectados à internet em 2020. Por dispositivo conectado entendemos qualquer tipo de objeto que possa transmitir e receber informações, desde eletrodomésticos, chips na roupa, gadgets, maquinaria, todo tipo de sensor. Como vamos integrar todos estes diferentes sistemas?
Serão as APIs que irão trabalhar de forma positiva em conjunto com o 5G para permitir aplicativos não apenas melhores, mais otimizados e mais potentes, mas sobretudo mais integrados.