Com a demanda crescente das organizações por TI, a falta de capacidade de atendimento é a realidade generalizada. Isso tem levado o desenvolvimento para fora dos setores de TI propriamente ditos. Dentre os vários fatores que permitem a criação de aplicações por quem não é da área técnica ou para quem é, mas quer acelerar o ciclo, o low-code está entre os principais.
Isso tem feito a abordagem low-code o mainstream. É o que mostram dados da Salesforce, que revela que:
- 83% dos líderes de TI já estão apostando em plataformas low-code;
- 81% acham que as áreas de negócio deveriam construir suas próprias aplicações; e
- 92% se sentem confortáveis com o uso de plataformas low-code por outras áreas.
Com isso, de acordo com o Gartner, temos uma previsão de que, até 2024, 80% das aplicações sejam desenvolvidas por profissionais das áreas de negócio e 65% deles em plataformas low-code. A consultoria também prevê que, até 2023, haverão quatro vezes mais citizen developers (sem formação técnica) do que desenvolvedores profissionais em grandes empresas.
Está mais do que demonstrado que low-code é um caminho sem volta. E neste post, você tem um aprofundamento nessa tecnologia, com a definição de plataformas low-code, como elas funcionam, vantagens e por que o iPaaS é low-code também.
O que são plataformas low-code?
O termo “low-code” aparece pela primeira vez citado pela Forrester em 2014. Desde então, vem sendo difundido no mercado por meio das plataformas low-code.
Low-code é o desenvolvimento com pouco código. E as plataformas são as interfaces que permitem usar essa abstração do nível do código para construir aplicações. Para isso, por cima do código, as plataformas lançam mão de ambientes com uma série de recursos visuais para o usuário utilizar.
Com isso, as plataformas low-code permitem que pessoas sem amplo domínio técnico – chamados de citizen developers – desenvolvam aplicações, sem a dependência total de uma TI ou desenvolvedores profissionais.
A solução também permite que a TI acelere o desenvolvimento de soluções, crie protótipos e testes.
Low-code x no-code: qual é a diferença?
A diferença entre low-code e no-code é perceptível no nome. Low-code não é totalmente sem código. Você pode inserir código, se precisar ou se desejar.
Já o no-code vai ao limite, sendo totalmente sem código. Seu foco é em facilidade de uso, tendo um curva bem curta de aprendizado para citizens developers.
Em termos de personalização e de funcionalidades, as plataformas low-code entregam mais do que as low-code, sobretudo para desenvolvedores.
Como as plataformas low-code funcionam?
Se uma linguagem de programação é um conjunto de instruções que serão convertidas em linguagem de máquina, o low-code sobe ainda mais de nível, transformando linguagem de programação em imagens, conectores, entre outros recursos gráficos.
O ecossistema de plataformas low-code é bem diverso, com várias combinações de recursos possíveis e diferentes enfoques.
Apesar das diferenças, muitas das plataformas requerem que o usuário domine no máximo Excel ou outros programas simples, além de passar por um curso rápido sobre como usar. Para um uso avançado, muitas disponibilizam certificações de aprofundamento.
5 principais vantagens low-code
O low-code tem várias vantagens, mas entre as cinco principais estão:
1. Rapidez no desenvolvimento
Dados de levantamento da Rad Hat mostram que plataformas low-codes têm o potencial de diminuir de 50% a 90% o tempo de desenvolvimento de aplicações, quando comparadas ao desenvolvimento tradicional.
Pesquisa da Mendix vai pelo mesmo caminho. Os entrevistados afirmaram aumento de velocidade em desenvolvimento de 56%.
A IDC revela que o low-code acelera o ciclo de desenvolvimento de novas aplicações em 62% e de novas funcionalidades em 72%.
Os dados são unânimes nesse sentido, apesar das variações: velocidade no desenvolvimento é uma dos maiores benefícios do low-code.
2. Democratização do desenvolvimento
O low-code tem o benefício de levar o desenvolvimento para além da TI, aumentando a capacidade da organização de levar adiante sua transformação digital.
Menos dependentes da área de TI para criar e melhorar suas aplicações, as áreas de negócio trabalham e evoluem por conta própria.
Elas também fazem o que querem, tornam-se mais experimentais e, mesmo quando precisarem de apoio da TI, terão um ponto de partida mais tangível.
3. Redução de demanda da TI
A área de TI está sendo mais demandada pelas áreas de negócio. As plataformas low-code desafogam a TI de duas formas: quando são usadas dentro das áreas de negócio e quando são usadas dentro da TI.
A TI não deve cair na falácia de que as plataformas low-code são apenas para as áreas de negócio. Uma TI que aproveita recursos pré-construídos escolhe o que quer desenvolver, isto é, onde vai colocar seus esforços.
4. Um ponto de encontro entre TI e áreas de negócios
As plataformas de low-code podem ser o meio de campo entre a linguagem de negócio e da TI.
Seja na construção de protótipos, testes ou MVPs, no low-code é muito mais fácil que todos falem a mesma língua, um desafio tradicional no desenvolvimento.
5. Economia com treinamentos e profissionais
Embora a operação avançada em plataformas low-code exija treinamento, de maneira geral a curva de aprendizado é menor do que a necessária para construir todo o código.
Outro ponto é que a equipe não fica tão dependente de perfis específicos.
iPaaS: uma plataforma low-code para integrações
O iPaaS é um conceito que se apropria da abordagem low-code para levar todas as vantagens do conceito para o universo das integrações. E o iPaaS já está entre as plataformas low-code mais utilizadas pelas organizações, como demonstra o mercado, que cresce a uma taxa de dois dígitos anualmente.
Da mesma maneira que as plataforma low-code, o iPaaS alia uma interface visual de desenvolvimento – baseada em conectores prontos ligados com point-and-click – à possibilidade de inserção de código – conectores de código.
Com a primeira característica, o iPaaS se torna uma ferramenta leve e que requer pouquíssimo treinamento para ser usada, logo democrática e com baixo time-to-value.
Com a segunda, o iPaaS se torna uma ferramenta flexível, garantindo alto nível de personalização e de casos de uso.
Isso torna o iPaaS low-code uma ferramenta especialmente útil para desenvolvedores de integrações e para a solução de integrações complexas. É nesse caso, por exemplo, que a APIPASS se insere.
Mas também há plataformas iPaaS no-code, normalmente domain-specific. Elas são mais focadas em citizen integrators do que em developers, assim como em integrações comuns, dada sua capacidade limitada de customização.
Por isso, ao buscar iPaaS no mercado, é preciso ter atenção: apesar de recente, há bastante pulverização de soluções, havendo plataformas com diferentes níveis de flexibilidade.
Leia também: iPaaS e low-code: 4 perguntas e respostas
Plataformas low-code: ao código o que é de código
As plataformas low-code permitem que você reserve o momento de codificação ao que realmente precisa ser codificado, elevando o nível da tarefa. O que for comum e padronizado já deve estar construído e deve ser reaproveitado.
Nesse sentido, elas valorizam – jamais descartam – o lugar da codificação e dos desenvolvedores dentro da construção de aplicações.
É um movimento parecido com o automação. O que é repetitivo pode – e deve – ser automatizado para que nosso esforço seja dedicado ao que não está feito.
Da mesma maneira, vimos como o iPaaS parte dessas premissas do low-code para tornar a integração escalável, democrática e fácil.
Quer fazer integrações com pouco código? Conheça mais a APIPASS, chamando um de nossos consultores pelo WhatApp ou pelo formulário abaixo.
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