Sua empresa e seu produto não existem em um vácuo. Você sabe que deve oferecer uma série de integrações nativas para que sua solução se conecte facilmente com os sistemas que seus clientes já usam. E sabe mais ainda o quanto essas integrações diminuem o time-to-value e o churn de seu produto.
Por isso já falamos aqui no blog que, mais do que fazer integrações nativas, você precisa ter a competência de integrar. Mas como você está escolhendo as integrações que vai oferecer nativamente?
Provavelmente, começou com um levantamento, selecionou os principais sistemas e desenvolveu as integrações. Isso resolveu 80% das demandas de seus clientes, certo?
Depois, você passou a atender novas integrações sob demanda, de acordo com o que vem de vendas (é o que falta para o lead fechar o negócio), de CS (é o que vai manter o cliente na base) ou de marketing (o mercado está pedindo).
A pergunta é: com que estratégia você está determinando que integrações nativas sua solução vai ter? Pela nossa experiência, as empresas têm tudo, menos uma estratégia clara para dizer o que vão oferecer e o que não oferecer nativamente em termos de integração.
O que ninguém fala é que sua empresa, sua solução e seus clientes perdem sem esse planejamento. O que mais tem por aí é integração que não funciona. Ou não tem integrações dando problema aí nos seus clientes?
Ao criar uma estratégia de integração, há alguns pontos a considerar para garantir o retorno no investimento na criação de um fluxo.
Neste artigo, você encontra que pontos são esses e que tipo de informação você precisa saber antes de definir se incluirá ou não uma integração nativa na sua solução.
6 pontos a considerar ao identificar integrações nativas
Independentemente de como você cria essas integrações nativas, se com um iPaaS embedded ou manualmente, você precisa atribuir um valor para essa integração. Nós consideramos alguns pontos nessa avaliação.
Considere esse processo como um exercício contínuo. Você não terá respostas perfeitas para todos os pontos, nem dados disponíveis sobre todos eles. Quantifique o que é possível e, no mais, use a sua experiência, se você tiver.
Os pontos são:
1. Necessidade do mercado
Considere a necessidade dos seus clientes atuais, mas também de clientes futuros.
É uma integração comum? Quantos clientes querem ou solicitam essa integração? Para quantos clientes essa integração é necessária, sob pena de causar prejuízos se não tiverem?
E mirando o pipeline de vendas: essa integração vai determinar o fechamento de negociações com prospects?
É fundamental orientar a equipe de vendas e customer success no sentido de mapear as integrações que os clientes buscam o mais cedo possível. Esses dados serão valiosos ao priorizar a implementação de integrações nativas.
Se conseguir mapear e quantificar, na base de clientes, quantos têm a integração tal ou pedem a integração tal, você tem uma boa base para entender o que o seu mercado está pedindo.
2. Oportunidade de negócio
Já pensou em monetizar as integrações que você oferece? Com um iPaaS embedded, você pode criar uma espécie de marketplace de integrações dentro da sua solução.
Existem integrações com esse potencial? Você precisa entender se as integrações nativas podem ser monetizadas e funcionar como uma receita adicional para seu software.
Seus clientes pagariam se você oferecesse certas integrações customizadas? Quanto eles pagariam para ter nativamente integrações customizadas?
3. Objetivos estratégicos
Em muitos casos, a conexão de uma integração com os objetivos estratégicos da sua organização é clara. É o caso de integrações entre sistemas complementares, que formam ecossistemas.
Mas nem sempre é assim. Há casos em que seu cliente vai solicitar uma integração XPTO única. Ou então, em que você até viu uma oportunidade, mas está na dúvida de segui-la. E aí?
Não é porque uma integração está sendo solicitada pelo cliente ou até é uma oportunidade que você precisa fazê-la. Você precisa avaliar se ela se alinha com a direção estratégica do seu negócio.
4. Concorrência
Seus clientes têm alternativas à sua solução, mais conhecidas como seus concorrentes.
Você sabe que integrações seus concorrentes oferecem? O quanto você está próximo ou distante deles? Não é difícil fazer esse levantamento.
Você precisa saber, em relação a esse grupo, onde a falta ou a existência de certas integrações nativas posicionam a sua empresa. E deve saber, também, para onde a incorporação de novas integração a levam.
Há oportunidades de se diferenciar?
5. Impactos nos seus clientes
Por que os usuários deveriam querer ou se preocupar em ter uma integração específica? O que essa integração vai ajudar o usuário final a realizar? Em quanto tempo vai diminuir o processo x?
Você pode mapear isso e mostrar para seus clientes também, proativamente.
Para identificar integrações de alto impacto, você vai precisar ter uma boa compreensão dos casos de uso individuais. Então, não se trata da integração, por exemplo, da plataforma de e-commerce com um ERP, e sim da sincronização da disponibilidade do inventário ou da sincronização dos pedidos entre os sistemas. É nesses termos que o objetivo de negócio vai se esclarecer mais facilmente.
6. Esforço estimado
Uma integração pode até ter alto impacto em seus clientes, mas e quanto ao esforço de oferecê-la? Esse é outro fator de peso na comparação de diferentes oportunidades de integrações nativas.
Considere os fluxos de informação e a complexidade de construir cada um. Por exemplo, chamadas em lote de APIs a fim de reunir todos os dados que precisam ser movidos, transformações complicadas de dados, cálculos, alto volume de dados e fluxos bidirecionais são fatores de complexidade.
O tipo de API e de autenticação que cada endpoint oferece também impactará em toda a integração. Por fim, disponibilidade e qualidade da documentação da API vão definir o quanto vai haver de esforço em uma integração.
Toda essa informação vai ajudar a entender o porte do projeto e a estruturar, de acordo com a metodologia que você tem familiaridade, uma estimativa de esforço.
Integrações nativas: chegue ao cerne
Oferecer integrações nativas é tão necessário quanto outras features para uma solução entregar valor na ponta. São elas que podem tornar a sua solução a integrante de um ecossistema ou simplesmente mais uma solução entre outras.
Por isso, há integrações e integrações. Separar o que vai gerar valor e principalmente retorno para a sua empresa pode ser decisivo para destacar você de seus concorrentes.
Você já está fazendo isso? Se quiser ajuda da APIPASS nesse trabalho, é só acionar um de nossos consultores por meio do botão do WhatsApps desta página ou do formulário de contato abaixo.