As organizações atualmente utilizam uma série de sistemas diferentes. Seu desafio é integrá-los. Não por acaso emergem, ao lado das práticas da integração tradicional, abordagens novas, mais leves e com menor custo, desenhadas para atender diferentes necessidades e dificuldades na prática de integração. Uma delas é o iPaaS.
Ainda assim, para cada demanda de integração, há vários cenários que precisam ser estabelecidos para optar por uma abordagem ou outra. O que torna pertinente a comparação entre as várias possibilidades.
Para obtê-la, precisamos responder a pergunta: quais as características, vantagens e desvantagens, assim como diferenças entre as práticas de integração tradicional e as modernas, como com iPaaS?
Neste artigo, propomos essa análise.
As opções de integração tradicional: três caminhos consolidados
Softwares de plataformas de integração
Softwares de plataformas de integração incluem todo um universo de tecnologias, como enterprise service bus (ESB), ferramentas de extract, transform and load (ETL), B2B gateway softwares, entre outras.
Essas foram as tecnologias de integração mais populares durante os últimos 20 anos, atendendo cenários de integração de sistemas on-premise, incluindo sistemas legados, bem como a construção de data warehouses ou data lakes on-premise.
Em termos de funcionalidades, essas plataformas são ricas e versáteis. Elas também são extremamente confiáveis, com monitoramento e alerta para todas as integrações. Ainda assim, a maioria das plataformas tem uma longa curva de aprendizado para desenvolvedores.
Apesar de complexas, elas se mostraram mais flexíveis do que o uso de integração ponto a ponto, por exemplo.
O alto custo das licenças, no entanto, é algo que já não se justifica diante do atual mundo das assinaturadas e do pay as you go.
Frameworks de integração baseados em código
Essa abordagem de integração envolve tecnologias como RabbitMQ, Apache Camel, Apache Kafka, Apache ActiveMQ, entre outras.
Apesar de historicamente mal vistos devido ao alto grau de acoplamento, falta de standards e dificuldade de escalar, os framewroks baseados em código ganharam popularidade com a adoção de softwares open-source, microsserviços, entre outras tecnologias.
E é nesses ambientes em que elas funcionam melhor, sendo ideais em equipes que querem alto nível de liberdade para integrar, como as que usam metodologias ágeis, com habilidades maduras em desenvolvimento, inovadores e com práticas de desenvolvimento cloud nativas.
Dentre as grandes vantagens da abordagem em código estão o baixo custo ou o zero custo e a base feita em padrões de integração.
Integração terceirizada
Esse tipo de integração tradicional é direcionada historicamente a serviços de integração B2B de e-commerce e EDI, apesar de ter se expandido para incluir outros sistemas. Hoje ela pode ser comparada com o hub de integração. Ela inclui a integração e onboarding de parceiros, bem como a gestão operacional de todas as plataformas e serviços.
Justamente pelas suas características, ela se consagrou em empresas com equipes e habilidades limitadas em TI, e que operavam em ecossistemas.
A falta de visibilidade e de transparência, os custos e a dependência desses provedores, no entanto, são as grandes dificuldades de optar por essa abordagem.
iPaaS: a mais recente solução em integração
O iPaaS é, dentre as tecnologias de integração, a mais recente. Ele engloba um universo de tecnologias que inclui desde soluções enterprise a domain-specific até soluções focadas em dados e em ecossistemas B2B.
No começo, o iPaaS surgiu como uma tecnologia cloud nativa para facilitar a integração de aplicações SaaS e on-premise (de mercado). Como modelo de assinatura, as soluções não precisam ser instaladas, reduzindo o time-to-value.
Ela também entrega para as organizações uma série de funcionalidades de integração prontas (por meio de recursos low-code), a fim de acelerar o uso, reduzir a necessidade de habilidades técnicas e de aumentar a produtividade.
Com a consolidação do mercado iPaaS, algumas soluções enterprise ficaram em pé de igualdade – quando não ultrapassaram – as funcionalidades dos softwares de plataformas de integração tradicionais. Ainda assim, o mercado é bastante heteronêgeo, com soluções para diferentes níveis de integração, serviços e maturidade – o que demanda certo cuidado na escolha.
De acordo com informação do Gartner, empresas que utilizam reportam aumento de 50% na produtividade em integração quando comparado com tecnologias de integração da geração anterior – o que tem dado popularidade ao iPaaS.
Integração tradicional vs. iPaaS
Sempre falamos que não há abordagem melhor ou pior de integração isoladamente. Como vimos, cada abordagem tem suas características, que, por sua vez, precisam ser avaliadas como forças ou fraquezas dependendo das necessidades de integração da organização.
Por isso, o que existe, dentre as várias abordagens de integração, seja tradicional, seja com iPaaS, é a priorização do que a organização precisa naquele momento.
Por exemplo: algumas organizaçoes vão querer liberdade total para construir suas integrações, o que as levará a uma abordagem de frameworks baseados em código.
Para a maioria das empresas, ter a plataforma pronta será melhor. Algumas vão fazer isso desde que mantenham a liberdade total de operar, monitorar e mantê-la. Isso poderá levá-las a um ESB.
Para outras tantas, elas vão querer ter parte desse serviço executado – tendo um fornecedor que mantém e evolui a plataforma –, para garantir a máxima rapidez na integração. Então, elas vão optar por um iPaaS.
Há, por fim, empresas que não querem integrar. Então elas vão escolher alguém que faça isso por elas, terceirizando todo o processo.
Entre integração tradicional e iPaaS: selecionando o melhor
Para escolher a melhor solução entre integração tradicional e iPaaS, a empresa precisa mapear suas necessidades de integração. Alguns pontos para avaliar:
- Experiência dos desenvolvedores com integração: considere quem serão os usuários da solução de integração, se dispõe de especialistas em integração ou desenvolvedores que conhecem de integração.
- Caso de uso: qual será o caso de uso da solução? Integração de dados ou de sistemas? De que endpoints?
- Prioridades: avalie as funcionalidades que mais importam no seu cenário, se gestão de integrações, monitoramento, desenvolvimento ou deployment.
- Provedor: considere custos, customer success, suporte e demais opções de serviços ligadas ao provedor.
Vejas suas possibilidades de integração com um iPaaS
Como vimos, o iPaaS é a solução mais recente dentro de um universo de soluções de integração tradicional que já existem no mercado.
Também comentamos que a opção por uma ou outra abordagem não está dada de antemão. Você precisa considerar cada uma em relação a certos fatores ligados a sua capacidade de desenvolvimento, caso de uso, prioridades em termos de funcionalidades e serviços do fornecedor.
Você já conhece o iPaaS? Fale conosco para saber mais.